Em 2019, dei início a uma série de intervenções em instituições de arte, nas quais aplico uma pequena ficha técnica onde se lê ‘Eu vou sair da história da arte’. A obra traz alguns problemas, tais como sair de onde se nunca entrou, ou ainda, como sair de uma história da qual se faz parte desde já. O trabalho também problematiza a relação do corpo cismasculino branco com a arte contemporânea, que, oportuna e frequentemente, favorita a dissidência como gesto de recolonização.

Eu vou sair da história da arte, 2019 (em andamento)
Intervenção em instituições artísticas
4 x 9 cm
1. Casa-ateliê do artista, Brasília, Brasil
2. 28 de abril de 2019, Espaço Cultural Renato Russo (508 sul), Brasília, Brasil
3. 26 de abril de 2019, Museu Histórico e Artístico de Planaltina, Brasil
4. 26 de abril de 2019, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Brasília, Brasil
5. 19 de agosto de 2021, Lugar de Suyan, Olhos d’Água, Brasil
6. 18 de novembro de 2021, Instituto Moreira Salles, São Paulo, Brasil
7. 18 de novembro de 2021, Galeria Luisa Strina, São Paulo, Brasil
8. 19 de novembro de 2021, 34ª Bienal de São Paulo, Brasil
9. 20 de novembro de 2021, SESC Pompeia, São Paulo, Brasil
10. 21 de novembro de 2021, Museu de Arte de São Paulo (MASP), Brasil
11. 21 de novembro de 2021, A Gentil Carioca, São Paulo, Brasil
12. 21 de novembro de 2021, Casa de colecionador ao lado da Gentil Carioca, São Paulo, Brasil
13. 4 de março de 2022, Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo, Planaltina, Brasil
14. 9 de abril de 2022, Galeria de Artes Antônio Sibasolly, Anápolis, Brasil
15. 31 de dezembro de 2022, Castell de Miravet, Tarragona, Espanha
16. 2 de janeiro de 2023, La Ciutat de les Arts i les Ciènces, Valência, Espanha
17. 4 de janeiro de 2023, Alhambra, Granada, Espanha
18. 5 de janeiro de 2023, Catedral de Granada, Espanha
19. 6 de janeiro de 2023, Catedral de Sevilla, Espanha
20. 7 de janeiro de 2023, Centro Andaluz de Arte Contemporáneo, Sevilla, Espanha
21. 10 de janeiro de 2023, Basílica da la Sagrada Família, Barcelona, Espanha
22. 10 de janeiro de 2023, Museo Fundació Antoni Tapies, Barcelona, Espanha
23. 11 de janeiro de 2023, Museo de Arte Contemporáneo de Barcelona (MACBA), Espanha
24. 24 de fevereiro de 2023, Pavilhão da Bienal (Pavilhão Ciccillo Matarazzo), São Paulo, Brasil (performance delegada a Natasha de Albuquerque e Tainá Santos)
25. 24 de fevereiro de 2023, Parque do Ibirapuera (entre o Museu Afro Brasil e o Planetário), São Paulo, Brasil (performance delegada a Natasha de Albuquerque e Tainá Santos)
26. 24 de fevereiro de 2023, Museu de Arte Moderna (MAM), São Paulo, Brasil (performance delegada a Natasha de Albuquerque e Tainá Santos)
27. 5 de março de 2023, Museu Nacional da República (MuN), Brasília, Brasil
28. 5 de março de 2023, Museu de Arte de Brasília (MAB), Brasil
29. 21 de março de 2023, Referência Galeria de Arte, Brasília, Brasil
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Em 2021, por ocasião da residência ‘Hospitalidade: Casa Aberta’, no Lugar de Suyan, em Olhos d’Água/GO, fui convidado para ser ‘coringa’, contribuindo com as pesquisas dos demais residentes e lhes oferecendo questionamentos. Pensando o caráter lúdico dessa figura, assim como meus próprios interesses poético-institucionais, propus um jogo chamado ‘Cubo Branco’. O jogo consistiu numa caixa branca cúbica fechada por dois cadeados com o mesmo segredo. Durante o período em que estive no Lugar de Suyan, ofereci pistas a respeito dele, que foi sendo desvendado aos poucos pelos residentes. Ao cabo da minha permanência, o segredo foi descoberto: 527, o número de anos desde a assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494), cuja linha atravessa Olhos d’Água. Além de bombons Ouro Branco, os residentes encontraram no Cubo Branco algumas baratas de plástico, desenhos sobre mapas da cidade, uma carta a eles endereçada e a placa gravada com ‘Eu vou sair da história da arte’.


Eu vou sair da história da arte, 2019 (em andamento)
Edição ‘Cubo Branco: 2021 - Tordesilhas’
Jogo (técnica mista) + Intervenção em instituições artísticas
Cubo Branco, Ouros Brancos, moedas douradas, dois cadeados, duas baratas de plástico, declaração, carta aos residentes, desenho sobre mapas impressos e placa de PVC
Fotos por Carlos Monaretta
Agradecimentos a Suyan de Mattos, Carlos Monaretta, Danillo Butas, Sofia Ramos e Yana Tamayo
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O jogo 'Cubo Branco' se desdobrou numa instalação para nossas exposições individuais simultâneas na Galeria Antônio Sibasolly em Anápolis/GO, em abril de 2022. Busquei ampliar em escala a proposição poética que levei para Olhos d’Água, entendendo que o Cubo Branco agora seria a própria galeria. Cruzei o espaço com 528 Ouros Brancos em linha reta, aludindo ao Tratado de Tordesilhas. Os visitantes foram convidados a comprar ou furtar os bombons durante a exposição, o que gradualmente desconstituiu a linha que separava o espectador da obra.
O jogo 'Cubo Branco' se desdobrou numa instalação para nossas exposições individuais simultâneas na Galeria Antônio Sibasolly em Anápolis/GO, em abril de 2022. Busquei ampliar em escala a proposição poética que levei para Olhos d’Água, entendendo que o Cubo Branco agora seria a própria galeria. Cruzei o espaço com 528 Ouros Brancos em linha reta, aludindo ao Tratado de Tordesilhas. Os visitantes foram convidados a comprar ou furtar os bombons durante a exposição, o que gradualmente desconstituiu a linha que separava o espectador da obra.







Eu vou sair da história da arte, 2019 (em andamento)
Edição ‘Cubo Branco: 2022 – Tordesilhas’
Instalação
528 Ouros Brancos, desenho sobre mapas impressos, placa de PVC
Galeria de Artes Antônio Sibasolly, Anápolis/GO
Fotos por Carlos Monaretta
Agradecimentos a Paulo Henrique Silva, Suyan de Mattos, Carlos Monaretta, Danillo Butas, Sofia Ramos e a toda a equipe da galeria